Sem dados. Por favor selecione parametros de busca.
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
Roc. Poys muyto ſabera quẽ lhe tirar da cabeça, que he aſumma da corteſania, & diſcrição, & ea he ella a paruoice refinada, grande confiança, & pouca poe: ſaõ gentis partes para medrar para alfeloeiro. Din. Pregonadas ſon las guerras de Francia contra Aragone. Roc. O que elle tem para ſeu remedio, gentil vòz. Car. Tal ſeja ſua vida, & a minha, poys o demo aſsi o quiz. Din. Como las haria triſte, viejo cano, y pecador: ah pezar de Mafoma. Car. Quebroulhe a prima, inde bem. |
|
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
[Par.] E aſsi em o ſobredito ſenhor Cupido com ſeus brincos de caõ começando a fazer ſeu oficio, por à paciẽcia. Que alegrias tristes, tristezas contentes, cuidados deſeſperados, deſejos impoſsiueis, cõ ſuas magoas de cada hora, delido tudo em Pera que paristes madre vn hijo tan deſdichado he a estopada com que de preſente ſocorrem à ſuas deſgraças os ſadios, que topareis ſem errar passada (porque não quero que vaõ ſem meus recados) entre Tejo & Guadiana ao ſocairo de ſeus fingimẽtos |
|
- N/A- Descubrase mi pensamiento
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
Din. Quando io dierdes cantay por deſuio: mis arreos ſon las armas, mi deſcanſo es peleare: & ſe profiarem comuoſco mordey o verſinho dizendo: quanto mays certa foy a tença de Burgos: & com iſto ficays chaçando ſobre todo mundo. |
|
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
Fil. Poys enforquemſe em bõ dia claro. Quando noutro dia viemos em pratica ambos ſobre voo amigo Germinio Soares, me dieſtes, que vos viera às orelhas ea ſoſpeita. Aul. Poys ſi, mas agora mo certificarão que não hauia duuida, quẽ o tem ſabido por hũs certos canos de Carmona. |
|
- 0109 - Valdovinos suspira
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
[Par.] Que dizeis agora Monſeor de Laxao? Eſte meco não he de huns porretas que grozão Retrahida eſtá la infante, & Pera que pariſtes madre? E iſto me não podeis negar, ter ſempre nouidade em meus propoſitos. |
|
- N/A- Descubrase mi pensamiento
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
Zelo.) Poys inda eu conheço outros de outra laya mays plebeya, que ſe deram nos burqueys com virgẽs veſtaes per modos contempratiuos & cudam que põe a ſua no fito ſe arregaçam os pulſos a rogo de algũ polhaſtro que entra de nouo na luyta, mas ho ſeu phraſis tem mays ſalitre que ho romance Para que pariſtes madre, vn hijo tan deſdichado. |
|
- N/A- Descubrase mi pensamiento
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
Art. Mays vos digo, que não me pezaria verlhe paſſear a carreira: porque me ſatisfaz o que vejo, ella me parece hũa bella dama, & deſenfadadiça para toda honeſta conuerſação. Ger. Muyto vos engolfays nas eſperanças, olhay em que o tendes, que nada ſe eſperou que ſe alcance ſem muyto cuſto: aquella bella malmaridada não ſe toma com fita vermelha |
|
- 0281 - La bella malmaridada
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
Eu vi ja caualeyꝛão ꝺos ꝺa guarda, ãtigo como eſpada ꝺe lobo, cõtar poꝛ timbꝛe ꝺe ſuas façanhas, que tirara freyꝛa ꝺe moſteyꝛo per chamine. E aueis ꝺe pꝛeſupoꝛ que a gentil ſenhoꝛa viria mais ferrugenta que aluião achado em pardieiro: ꞇ elle cuydaua que tiraua coouão ꝺe aljofar. Mas iſto ſenhoꝛ meu paſſou ja cõ as ſoberbas ꝺos balãdraos, ꞇ todas eſſoutras antigualhas, ꝺe poꝛ aquel poſtigo viejo: buen Cõde Fernã gonçalue |
|
- 0034 - Entierro de Fernandarias
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
(Bar.) Pois diruos ei como ſerà pera que a couſa corra por ſua ordẽ. A la miſma hora darei rebate a quatro Rufiſtas da minha ceuadeira, por em hũ açopro dizẽdo, & fazendo lhe lancemos as portas fora do couce, & lhe façamos buſcar meijoada per ees telhados. Pois Paraſito? Si el cauallo bien corria, la yegua mejor bolaua: muito mais ligeiro he dos pès, que da lingoa. |
|
- 0045 - El moro que reta a Valencia
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
[Doutor Carrasco] E ja aqui temos aução contrele. E que alegue os erros por amores. nihil ſequitur in re. Por quanto ſe a hũ medico ſe deue corteſia, quanto mays diuida ſeraa imo eſt ao fidalgo, de cujo mimo ſe ſoſtẽta a fiſica. |
|
- 0366 - Conde Claros preso
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
Car. Muyto pareceys vòs agora bilhafrão eſgalgado, que fez preza em grande trilhoada de negalhos de tripas, & eſcapoulhe das vnhas, de confiado, & faz furto no ar com vio, vio, porque vòs fazey conta que olhos que la vieron hir. Roc. Se foreys mays breue, teuereys graça, mas deueys lançar mão de ſacamolas, quiçà ſe vos dará melhor que a corteſania. |
|
- 0042 - Durandarte envía su corazón a Belerma
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
(Reg.) Senhor, ſenhor fazei pauſa, porque vos leua a corrente de voas prematicas ao pego de contemptus mundi, donde ſe ſais como outros que vejo empegados nelle, não auerà fateixas de Tiempo bueno, nem arrepique de Rey dom Sancho, Rey dom Sancho, no digas que no te lo digo, que vos tire a lume. |
|
- N/A- Tiempo bueno, tiempo bueno
|
|
|
Jorge Ferreira de Vasconcelos |
Car. Foylhe o demo deparar à madama Dorothea hum pagem de Germinio Soares em tal hora mingoada, que bebe os ventos por elle, ſem fazer mays comemoração do ſenhor Rocha: como couſa que nunca fora. Din. Ora virdes vòs a ſer mofino em amores, haueria pela mòr graça do mundo. Car. Poys bem lhe podemos cantar, para que pariſtes madre, vn hijo tan deſdichado. |
|
- N/A- Descubrase mi pensamiento
|
|
|
Jorge Pinto |
amo. Leuayme a ver voos danos | os. Vie eu io em algũs annos | ro. Cantarey ſe nio eſtriba | riberas de Duero arriba | caualgan los Samoranos | os. Tem ditos muy excelentes | rodrigo. ro. tiro por ambos | por ter em occupe os dentes | & ſegun dizen las gentes | la miſeria ſon entrambos. | os. Não ſou miſeria vilam | pois que tenho o coraçam | poſto em minha amada Edra |
|
- 0318 - Riberas de Duero arriba
|
|
|
Jorge Pinto |
pai. Nam vos encubrais pois ſey | quem ſois muito em certeza. | cas. Fazerme trabalhador | quero sò em proua dar | de minha fee, & mais ſenhor | já ſabe erros damor | ſaõ dinos de perdoar | & por tambem conheço | a verdade de quem he | ſenhor cõ amor lhe peço | ſua filha ſe a mereço | & ſenão que ma nam de. |
|
- 0366 - Conde Claros preso
|
|
|
Jorge Pinto |
ines. Dõde nace o querer bẽ | men. nace de pura affeyçam | ines. Quẽ vos die io. mẽ. ninguẽ | porque os olhos do vem | dam rebate no coraçam | ines. Por certo por ſabido | mereceys fauorecido | men. O fauor de vos eſpero | ines. Nunca fuera caualhero | de damas tambem ſeruido | men. Io he dobrarme a ferida. | ines. Eu eſtou por vos perdida | men. E eu ſe vos tenho auſente | ando perdido antre a gente | nem mouro nem tenho vida. |
|
- 0530 - Lanzarote y el orgulloso
|
|
|
Jorge Pinto |
fi. Virá boa, me. vem nacendo | pa. He milagre, me. eſtar ſea rindo | Das mais forẽ mais graues | fi. Eu queroa muito louçam | cõ eruas cheiros ſuaues | me. Farlheei que venhão aues | cantar nela ante menhã. | pai. Se aſi for ſera gentil | que o cãtar ninguen no enjeita | me. Pois cantarlheão alas mil | enel mes era de Abril | de Mayo antes de feita. |
|
- 0431 - Flérida y don Duardos
|
|
|
Jorge Pinto |
me. Palrra como hũ papagayo | porem he bõ ſeruidor | pai. Acabay Meſtre chamaio | me. Ha caſtelhano, ca. ſenhor | me. Anday ca, & o mais dexayo | ca. Señor que manda de mi | Vem o Caſtelhano. | me. Chegay ao ſeñor ali | pai. Filha he muito bẽ deſpoſto | fi. He por certo, Me. & do roſto | de los mas lindos que yo vi. | Pois não lhe cay bẽ na trilha |
|
- 0281 - La bella malmaridada
|
|
|
Jorge Pinto |
ro. Não termos nada foy dita | tal, amo. mãdar lhey por meſa | como que he pera jantar | diras que me vẽ buſcar | releua ro. eſtà Veneſa | de quẽ zomba he o zombar. | Nunca quando vẽ tras nada. | amo. Vem sò pejar a pouſada | ro. Señor o jantar ſe ordene | que helo helo por do viene | el moro por la calçada. |
|
- 0045 - El moro que reta a Valencia
|
|
|
Jorge da Silveira |
P vos feʒiſtes lembrar | a gentil mal mariꝺaꝺa | p vos auereys cantar | ꞇ vos ꝺeueys ꝺe char | tall erraꝺa. | Sem ventura ſoes naçida | ꞇ eu p vº conheçer | triſte hee já noſſa viꝺa | ꞇ ſeja jaa poys perꝺiꝺa | quereys ſer. |
|
- 0281 - La bella malmaridada
|