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António Ribeiro (o Chiado) |
vel. bꝛeatiʒ / moça / bꝛeatiʒ | bꝛ. ſñoꝛa. v. ida eſe ꝺemo nã veo | bꝛ. inda não / ve. ꞇ como creo | queſtada ꝺe chafariʒ | eu a meterey no ſeo | ꞇ vos bela mal maridada | ꝺe las mas lindas que yo vi | ſay ca fa ſay | ſey que ſoys ꝺama ẽçarrada | não ſey que ꝺiga p ty | tu perguiçoſa | ꝺminhoca mentiroſa | goloſa mixiriqueyra | raparigua endiçadeyra | pque não es vertuoſa |
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- 0281 - La bella malmaridada
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António Ribeiro (o Chiado) |
¶ Entra o primero com os cantores, & diz. | pri. Quem he da parte del. Rey | eſc. He hũa perſona preſa | pri. trazeys ſeda que he defeſa | eſc. Se a trago telaey | ſabey que viuem comigo | os alcaydes & meyrinhos | & ſe bollem cruzadinhos | por aquel viejo poſtigo | me vam fazendo caminho |
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- 0034 - Entierro de Fernandarias
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António Ribeiro (o Chiado) |
mo. ſam altos de bayxos vẽs | daljubarota a çafim | eſc. Nunca agradeceſte nada | mo. os muſlos me dão no goto | de hũa parte os cerca roto | da otra graxa tajada. | eſc. ay de pucha que piloto | ſois muito çujo bargante | & mais deſauergonhado. |
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- 0004 - Quejas de doña Urraca
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António Serrão de Crasto |
não bulais vós nos baús, | na canastra ia dizer, | porque o damno que tiver | me haveis de pagar de ciso: | Mira, Zaida! que te aviso, | quem te avisa bem te quer. |
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- 0063 - Mira, Zaide, que te aviso
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António Serrão de Crasto |
E n'essa breve distancia, | antes de o gato o sentir, | ojos que lo vieron ir | no lo veran mas en Francia; | mas nem por isso jactancia | nenhum rato póde ter; | porque póde acontecer | andar, correr e saltar, | e depois de andar andar | póde á Beira vir morrer. |
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- 0042 - Durandarte envía su corazón a Belerma
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António Serrão de Crasto |
E com tal gente serei | de ratos Nero cruel | que a nenhum darei quartel, | e a nenhum perdoarei; | tantos males vos farei | que se diga n'esse dia, | vendo com tal tyrannia | dar-vos morte triste e feia: | «Mira Nero da Tarpêa | como Roma lá se ardia!» |
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- 0397 - Mira Nero de Tarpeya
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Bernardim Ribeiro |
Senam te pude falar | ſee certo que minhas ꝺes | me nam ꝺerom ee vagar | e ꝺeueſme ꝺe perdoar | pois que foi erro dames: | Os meus amiguos paados | Ribeiro jaa mão ꝺeixado | ꞇ p verem que meus fados | eram neſte mal mudados | ꝺe mim todos ſe hã mudado |
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- 0366 - Conde Claros preso
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Bernardim Ribeiro |
Señoꝛa Arima como podeſtes acabar cõ voſco negardes me vervos eu, ſendovos ha couſa ꝺo mũdo que mais ver ꝺeejo, mas ſe vos eu niſto ofendo aqui me tẽdes executay voa fúria em m: ꞇ nam queirais ſeñoꝛa nũ tã ſem vẽtura ſe ẽcerrem tantas magoas ſecretas. Erros ꝺamoꝛ ſam ꝺinos ꝺe perdoar: ꞇ ſe vingãça mayoꝛ vos mereço, cõpꝛi ẽ minha vida voa vontade, que tã offerecida eſta ao que ꝺella quiſerdes oꝛdenar. |
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- 0366 - Conde Claros preso
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Desconhecido |
A gente he peor em dobro, | As vergonhas são perdidas, | Fallão das alheias vidas | E põem as suas em cobro; | Poucos hão medo á vergonha, | E a mui poucos se hade ouvir: | Mais vale morrer com honra, | Que deshonrado bivir. |
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- 0568 - Fuga del rey Marsín
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Desconhecido |
Gabais esta vida cá | E desgabais-me Lisboa, | Eu dera esta vida boa | A troco d'essoutra má; | Quem de estar lá se queixar | Meu desejo lhe responde: | Mas he de nós Conde | Que manzilla ni pesar. |
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- 0366 - Conde Claros preso
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Desconhecido |
O mór mal que cá padeço, | He ver quanto sem razão | Outros olhos lograrão | O que eu por amor mereço: | Isto tanto me entristece | Que depois que estou aqui | Plazer no sabe de mi, | Cuidado no me falece. |
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- N/A- Esperança me despide
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Desconhecido |
Podera eu viver contente, | Como saber que estava tal | A que he causa de meu mal, | Por me não ter lá presente; | Mas por quão mal lhe merece | Meu amor tão maltratar-me | Quando mas pienso alegrarme, | Maior pacion me recrece. |
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- N/A- Esperança me despide
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Desconhecido |
Da guerra novas mais certas | Brevemente são contadas, | No verão portas fechadas, | No hinverno pouco abertas; | Qualquer Mouro desmandado | Nos comete sem n'hum pejo, | E aquelle postigo vejo | Que sempre esteve fechado. |
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- 0034 - Entierro de Fernandarias
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Desconhecido |
Isto não he praguejar, | Mas toda a culpa he da fome, | Porque gente que não come | Mal poderá pelejar; | Assim estão muitos no dia | Com os olhos na tramontana, | Mirando la mar d'España | Como mengoava e crecia. |
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- 0270 - Quejas de Alfonso V ante Nápoles
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Desconhecido |
Tudo são queixas em vão, | E tudo são vãos clamores, | Capitão dos moradores, | Elles contra o Capitão; | Emfim tal vai tudo aqui | Que brada grande e pequeno: | Tiempo bueno, tiempo bueno | Quien se te llevó daqui. |
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- N/A- Tiempo bueno, tiempo bueno
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Diogo do Couto |
Com eſta reſoluçaõ ſe meteo o capitaõ mór em hũa galueta, & foi correndo a armada a darlhe auiſo do que auiaõ de fazer. E prepaando pella galeota de dõ Iorge de Meneſes, chamando por elle, lhe die aquellas palauras do romance velho: Vamonos dixo, mi tio, a Paris ea ciudad. Dandolhe a entender, que eſtaua aentado paar auante pera a fortaleza. E dom Iorge de Meneſes lhe reſpondeo muito apreado, com o meſmo romance: No en trajes de Romeros, porque no os conoſca Galuan. |
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Diogo do Couto |
E contaua Antonio Pereira Brandaõ, que o meſmo dom Duarte Deça, lhe mandara rogar, que aceitae a capitania; do que depois de magoado lhe contra fez aquelle romance velho, de Durandarte em dom Duarte, mal caualhero prouado. |
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- 0604 - Quejas de la amada de Durandarte
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Diogo do Couto |
Feito iſto partioſe o Vizo-Rey para Barcellor, chegando a ſua barra, cometeo logo a entrada com todos os nauios de remo, indo elle diante de todos na ſua manchua ſentado em huma cadeira de brocado armado de plumas, & perto delle o Veiga tangendo em huma arpa, & cantando aquelle romance velho que dis? Entran los Moros en Troya; tres y tres; y quatro a quatro. E chegando perto da fortaleza, começaraõ vir zunindo por cima das embarcaçoens algumas bõbardadas, a que o Veiga que hia cantando ſe embaraçou, & o Vizo Rey muito ſeguro lhe die, O ide por diante naõ vos eſtroue nada |
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- N/A- En Troya entran los griegos
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Diogo do Couto |
E tornando a continuar com o Viſorrey, todo eſte inuerno gaſtou em acabar hũa nao que fez defronte dos ſeus paços, pera ſe ir nella pera o reino por eſperar em Setembro por ſoceor, a que pos nome a chagas pella deuaçaõ que tinha ás de Chriſto, que foi a couſa que aſsi na India, como em Portugal lhe remorderaõ mais que todas. E tanto, que lhe contrafizeraõ aquelle romance velho que diz: Mira Nero de Tarpeya a Roma como ſe ardia, em Mira Nero da janella la naue como ſe hazia. |
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- 0397 - Mira Nero de Tarpeya
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Duarte de Brito |
E aſſy ſeraa meu mal | deſte bem galarꝺoaꝺo | ꞇ aquy ſeraa acabaꝺo | meu tmento ꝺeſygoal. | E aquy ꝺonꝺe partyr | partinꝺo com gram peſar | olhos que me vyram hyr | nunca me veram tnar. |
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- 0042 - Durandarte envía su corazón a Belerma
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