Engaste

Mi compadre Gomez Arias | que mal consejo me dió! | [...] | Nunca viera xaboneros | tan bien vender su xabon | [...] | A ellos compadre, a ellos | que ellos xaboneros son.

E o capitão, começando caminhar para ha villa, hia muito pensativo; e tornando em si, e entendendo que hindo assi quebraria os corações aos cavalleiros, chamou a hum cavalleiro que cantava muito bem, e rogou-lhe que para se desmelancolizarem, cantasse algũa cousa. E o cavalleiro começou a cantar este romance: Mi compadre Gomez Arias | que mal consejo me dió! | e indo proseguindo, chegou a hum passo d'elle que diz: Nunca viera xaboneros | tan bien vender su xabon | porque acertou de ser a tempo que se viam já muito bem os Mouros que o esperavam, proseguio o Capitão as duas regras seguintes do romance dizendo | A ellos compadre, a ellos | que ellos xaboneros son.

  • Espanhol

Braga, Teófilo, Historia da Poesia Popular Portugueza. Cyclos Épicos, Lisboa, Manuel Gomes Editor, 1905, pp. 369-370.

Catalán, Diego, “Los Jaboneros derrotan a Don Juan de la Cerda (1357)”, Siete siglos de romancero, Madrid, Gredos, 1969, pp. 57-81.

Vasconcelos, Carolina Michaëlis de, “Estudos sobre o Romanceiro peninsular. Romances velhos em Portugal”, Cultura española, X, 1908, pp. 504-505.

Autoria
Anónimo
Desconhecido
Desconhecido
Composição ou secção quadro
Obra

Memoria dos Ditos e Sentenças de Reis [fol. 564]

Teófilo Braga transcreveu o contexto do engaste a partir do manuscrito à guarda da Torre do Tombo (Ms. 1126).

Romance(s) de origem

Este grupo e os respetivos campos surgem replicados quando o verso de procedência do engaste é partilhado por vários romances.

0349  - Prisión de don Juan de la Cerda
Não
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