Testemunhos musicais
date_time
2022-10-17 11:08:03
N/A - Não atribuído
Anónimo
Juan del Encina
  • Polifonia (4 vozes)

Triſte eſpaña ſin ventura | todos tedeuen llorar | deſpoblada dalegria | para nunca en ti toꝛnar 

Triſte eſpaña ſin ventura [voz de Tnor = tenor]

Triſte eſpaña ſin vẽtura [voz de 2o Contr. = baixo]

Triſte eſpaña ſin ventura [voz de 1C = alto]

Triste España sin ventura, | todos te deven llorar, | despoblada d'alegría, | para nunca en ti tornar.

                                                            (Dumanoir 2021: 122)

J. delensina [fol. lvv]

Tnor [fol. lvv]

2 Contr. [fol. lvv]

1 C  [fol. lvjr]

 

Anglés, Higinio, La música en la corte de los Reyes CatólicosII, Polifonía profana: Cancionero Musical de Palacio (siglos XV-XVI), vol. 1, Barcelona, Consejo Superior de Investigaciones Científicas/Instituto Español de Musicología, 1947.

Barbieri, Asenjo (ed.), Cancionero musical de los siglos XV y XVI, Madrid, Tipografía de los Huérfanos, 1890, pp. 162 e 487-488.

Dumanoir, Virginie (ed.), Romancero cortés manuscrito, coord. Josep Lluís Martos, Alicante, Universitat d'Alacant («Cancionero, Romancero e Imprenta», 4), 2021, p. 122.

Gómez Muntané, María del Carmen (ed.), Historia de la música en España e Hispanoamérica: de los Reyes Católicos a Felipe II, vol. 2, Madrid, Fondo de Cultura Económica, 2012.

Romeo Figueras, José, La música en la Corte de los Reyes Católicos. IV-1. Polifonía profana. Cancionero Musical de Palacio (Siglos XV-XVI), vol. 3-A e 3-B, Barcelona, Consejo Superior de Investigaciones Científicas/Instituto Español de Musicología, 1965. 

Varcárcel Rivera, Carmen, La realización y transmisión musical de la poesía en el Renacimiento español (Dissertação de Doutoramento), Madrid, Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad Autónoma de Madrid, 1994.

1. A transcrição moderna da melodia foi feita segundo as normas constantes nos critérios editoriais do catálogo musical RELIT-Rom.  

2. A peça está musicada a quatro vozes. A voz mais aguda ou Tiple é a primeira do fólio lvv, seguindo-se-lhe a voz de Tenor (assinalada com "Tnor") e a voz de Baixo (assinalada com "2 Contr."). No fólio lvjr está a voz de Contralto (assinalada com "1 C").

3. Como é característico dos cancioneiros quinhentistas, a colocação das sílabas no fólio não está necessariamente alinhada com a sucessão de notas musicais na pauta. De acordo com os critérios editoriais deste catálogo, fez-se aqui essa correspondência prosódica tendo em conta o desenho rítmico e melódico apresentado. 

4. As três vozes inferiores têm um Si bemol na armação de clave, mas na voz superior os bemóis na nota Si são colocados à medida que aparecem. Isto sugere que as vozes tenham sido escritas em momentos diferentes, e/ou obedecendo a lógicas diferentes.

5. Estrutura musical em quatro frases, cada uma correspondendo a um verso.

6. A escrita é típica da polifonia vocal homofónica: as vozes são equilibradas, movendo-se maioritariamente com o mesmo ritmo, resultando numa escrita vertical em blocos de acordes que aposta sobretudo na expressividade das harmonias e não na elaboração contrapontística; cada voz movimenta-se por grau conjunto ou por intervalos musicais pequenos, com poucos saltos, excepto o baixo, que vai fazendo saltos intervalares maiores consoante as necessidades harmónicas; o âmbito de cada voz está dentro da oitava, os valores rítmicos são maioritariamente longos e incidem sobretudo na breve e semibreve. O tempo da peça é binário. A melodia está na voz superior.