1. A transcrição moderna da melodia foi feita segundo as normas constantes nos critérios editoriais do catálogo musical RELIT-Rom.
2. Como é característico dos cancioneiros quinhentistas, a colocação das sílabas no fólio não está necessariamente alinhada com a sucessão de notas musicais na pauta. De acordo com os critérios editoriais deste catálogo, fez-se aqui essa correspondência prosódica tendo em conta o desenho rítmico e melódico apresentado.
3. A escrita da peça revela algumas incongruências de cópia, nomeadamente na última nota de cada voz, que apesar de ter a mesma duração em todas as vozes, aparece escrita de forma diferente: em todas as vozes menos a voz de alto (sinalizada na pauta com .1.cd), a figura rítmica escrita é uma longa (), sendo que na voz de alto, esta última nota tem o valor rítmico de uma brevis, à qual se colocou o sinal de suspensão.
Valor da última nota:
Soprano |
Alto |
Tenor |
Baixo |
|
Isto sugere que as vozes terão sido copiadas por pessoas diferentes, o que é sustentado pela caligrafia das barras duplas verticais finais.
4. Esta peça é um dos poucos exemplos, no universo dos romances musicados encontrados no Cancionero musical de Palacio, da escrita de colcheias ().
5. A melodia da voz superior é baseada na melodia original de Luis de Milán, apresentando, porém, bastantes variações. As restantes três vozes têm figurações rítmico-melódicas muito elaboradas, o que dá à peça uma textura muito contrapontística e sugere que esta versão seja claramente posterior. Compare-se com a versão original de Luis de Milán, "Durandarte duranꝺarte".