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António Prestes |
Que prol me fezeram agora | quatro ou cinco cruzadinhos. | Molher Para quê? Custódio São bons ũ'hora | tê-los, dão gosto solene. | Molher Não nos tenho, essa lançada | força que também a pene? | Duarte Helo helo por do viene | el sayo por la calzada. |
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0045 - El moro que reta a Valencia |
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António Prestes |
Duarte Ora eu tenho isso por novo | vens dar recado a ti mesma. | Marquesa Que falas rosto d'estrovo? || A tua senhora, ouves agora? | Duarte Guai Valença, guai Valença | e eu tenho agora est'hora | quem seja minha senhora | mais qu'essa gentil presença? |
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0045 - El moro que reta a Valencia |
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António Prestes |
Volta: | O cavalo mal pensado | pela má vida que passa | julgarão a do criado | sem bolo se a ama amassa. | Y se vuestra mercé piensa | ser tal qual é seu marido | quedáos a Dios vestido | que la cena guai Valença. |
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0045 - El moro que reta a Valencia |
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António Prestes |
[Filha] Vê quem é. Felipa Ouço cavalo. | Filha Se é meu pai. Felipa Mais regalo | traz quem é. Filha Vede, fidalga. | Felipa En un caballo cabalga | segundo ouvi o abalo. |
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0040 - ¡Ay de mi Alhama! (á-a) |
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António Prestes |
Duarte Bofé senhora bem rasa | fica agora desta lima | parece casa d’esgrima. | Molher Não releva. Olha esta casa | que me torno para cima. || Vai-se a Molher e o moço diz o romance seguinte: || Duarte Sayo, se aljabebes ides | por dineros perguntade | decidle qu’el señor mi amo | os vende para jugare | decidle que era más tiempo | de otro que no de os llevare | e que queda acá la saya | muriendo con soledade | decidle que ya que os vende | que traya algo que cenare | que yo y la su esposa | le tenemos voluntade. |
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0151 - Gaiferos libera a Melisenda |
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António Prestes |
Torna-lha a mostrar. || Ah, senhor dom Marramaque. | Moço Daquel moro aseñalado. | Bom Trabalho Mas daquele amortalhado | sereis vós meu Durandarte. | Bom Cuidado Quereis lã sem trosquiado? | Esperai. Mestre Irmãos, façamos | gosto infindo | é tempo que espera indo | que ele não está como estamos | vai esperando e partindo. |
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0061 - Don Manuel y el moro Muza |
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António Prestes |
[Pai] Não quero nada, já agora | noutra noruega imos. | Criado E não quer de noras mimos | al domingo en Alora. | Pai Morreu, já esses partimos. |
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0788 - Muerte del adelantado en Álora |
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António Prestes |
[Lecenciado] Assi digo eu por essoutro, tinha ele o gosto de todos pera todos serem esse? Autos de Natal, não falo nos de teatro, que esses hão de ser senado romano, mas os de Natal, em que pes’a quem os faz, hão de ser bons, hão de ter letra que esmeche, feguras que escachem, entremezes, passos novos alagados em riso, sisos por saudade, por fio de mel. Se não fazei autos a rolas veúvas que não riem nem põe pé em ramo verde, nem bebem água crara e tudo são parióme mi madre nuna noche escura. |
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0229 - Fontefrida |
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António Ribeiro (o Chiado) |
Briatiz, moça, Briatiz. | Briatiz Senhora. | Velha Inda esse demo nam veo? | Briatiz Inda não. | Velha E como creo | qu’é ‘stada de chafariz | eu a meterei no seo | e vós bela mal maridada | de las más lindas que yo vi | saí cá fora saí | sei que sois dama ençarrada | não sei que diga por ti | tu perguiçosa | dorminhoca, mentirosa | golosa, mixiriqueira | rapariga endiçadeira | por que não és vertuosa? |
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0281 - La bella malmaridada |
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António Ribeiro (o Chiado) |
Entra o Primo com os cantores e diz: | Quem é, da parte del rei? | Escudeiro É ũa persona presa? | Primo Trazeis seda que é defesa. | Escudeiro Se a trago tê-la-ei | sabei que vivem comigo | os alcaides e meirinhos | e se bolem cruzadinhos | por aquel viejo postigo | me vão fazendo caminhos. |
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0034 - Entierro de Fernandarias |
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António Ribeiro (o Chiado) |
Moço São altos de baixos vens | d’ Aljubarrota a Safim. | Escudeiro Nunca agradeceste nada. | Moço Os muslos me dão no goto | de ũa parte os cerca roto | da outra graxa tajada. | Escudeiro. Ai de puxa que piloto | sois muito sujo bargante | e mais desavergonhado. |
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0004 - Quejas de doña Urraca |
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António Serrão de Crasto |
não bulais vós nos baús, | na canastra ia dizer, | porque o damno que tiver | me haveis de pagar de ciso: | Mira, Zaida! que te aviso, | quem te avisa bem te quer. |
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0063 - Mira, Zaide, que te aviso |
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António Serrão de Crasto |
E n'essa breve distância, | antes de o gato o sentir, | ojos que lo vieron ir | no lo veran mas en Francia; | mas nem por isso jactância | nenhum rato pode ter; | porque pode acontecer | andar, correr e saltar, | e depois de andar andar | pode à Beira vir morrer. |
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0042 - Durandarte envía su corazón a Belerma |
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António Serrão de Crasto |
E com tal gente serei | de ratos Nero cruel | que a nenhum darei quartel, | e a nenhum perdoarei; | tantos males vos farei | que se diga n'esse dia, | vendo com tal tirania | dar-vos morte triste e feia: | «Mira Nero da Tarpeia | como Roma lá se ardia!» |
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0397 - Mira Nero de Tarpeya |
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Bernardim Ribeiro |
Se não te pude falar, | se é certo que minhas dores | me não deram esse vagar, | e deves-me de perdoar | pois que foi erro de amores, | os meus amigos passados, | Ribeiro, já me hão deixado, | e por verem que meus fados | eram neste mal mudados, | de mim todos se hão mudado. |
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0366 - Conde Claros preso |
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Bernardim Ribeiro |
Senhora Arima, como pudestes acabar convosco negardes-me ver-vos eu, sendo vós a coisa do mundo que mais ver desejo? Mas se vos eu nisto ofendo, aqui me tendes: executai vossa fúria em mim, e não queirais, senhora, que num tão sem ventura se encerrem tantas mágoas secretas. Erros de amor são dignos de perdoar, e se vingança maior vos mereço, cumpri em minha vida vossa vontade, que tão oferecida está ao que dela quiserdes ordenar. |
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0366 - Conde Claros preso |
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Desconhecido |
A gente é peor em dobro, | As vergonhas são perdidas, | Falam das alheias vidas | E põem as suas em cobro; | Poucos hão medo à vergonha, | E a mui poucos se há-de ouvir: | Mais vale morrer com honra, | Que desonrado bivir. |
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0568 - Fuga del rey Marsín |
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Desconhecido |
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0366 - Conde Claros preso |
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Desconhecido |
O mor mal que cá padeço, | É ver quanto sem razão | Outros olhos lograrão | O que eu por amor mereço: | Isto tanto me entristece | Que depois que estou aqui | Plazer no sabe de mi, | Cuidado no me falece. |
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N/A- Esperança me despide |
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Desconhecido |
Pudera eu viver contente, | Como saber que estava tal | A que é causa de meu mal, | Por me não ter lá presente; | Mas por quão mal lhe merece | Meu amor tão maltratar-me | Quando más pienso alegrar-me, | Maior passion me recrece. |
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N/A- Esperança me despide |