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António Prestes |
Marquesa Ora três val, meu cebolo | meu marmanjo chocalheiro | meu basbaque, meu João tolo | e meu sem nenhum miolo | meu madraço de sequeiro. || Duarte Quatro val, minha Alfama | meu Passeava-se el rei mouro | meu Orlando, minha trama | que me lanças com tam dama | por capa em cornos de touro.
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0040 - ¡Ay de mi Alhama! (á-a) |
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António Prestes |
Desembargador De que estais mais agastado? | Moço Un nuevo dolor me mata | crudo y fiero. Desembargador Namorado? | Moço Serdes de novo casado | com quem não sei como trata | se é mansa, se é brava. | Que não haja aqui de cote | as pancadas moriscote | que elas são per o que trava. | Desembargador Tudo fica bem no dote. |
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0060 - A las armas, Moriscote |
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António Prestes |
Cioso Acabaram nossas guerras | tam crimes, tão contumazes. | Confiado Agora vidas sagazes | sobre el partir de las tierras | saibamos conformar pazes. |
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0809 - Castellanos y leoneses |
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António Prestes |
Ambrósio Faço o que me aconselhais | sem disso lhe errar um fio. | Brás Quero ver que me peitais | que presente me mandais. | Ambrósio Vámonos dixo mi tío | que cedo tereis pitança | como duque de Bargança | por tão gentil Primavera. | Brás Oh qu’estes mastos de cera | são palavras na bonança. |
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0087 - Gaiferos y Galván |
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António Prestes |
Duarte Co este anel o vou buscar. | Molher Dizi-lhe que ya es tiempo | de me venir a sacar | desta prisión tan esquiva | do muero con soledad. |
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0151 - Gaiferos libera a Melisenda |
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António Prestes |
Fermosura Dá-me vossa mercê a mão | senhor Dinheiro? | Dinheiro Esse rosto | esses olhos vo-la dão, | Dinheiro ond’eles estão | não tem data nem tem posto. | Moço Senhor ele sinta lá | por terceiros vem os senhores | também nossa casa está | terceira. O feito vai já | Conde Craros com amores. | Fermosura Palavras de cortesia | e mais as endinheiradas | oh como são docicadas. | Para mim me las queria | quando com obra enfronhadas. |
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0366 - Conde Claros preso |
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António Prestes |
Ambrósio Senhor sogro lamentais? | Não tendes nisso razão | não sois só, que muitos são | os que estes parentes tais | sucederão em seu quinhão. | Julguem meu dessimular | vejam que mo fez causar | seu parecer, seus primores. | Dirão que erros por amores | são dinos de perdoar.
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0366 - Conde Claros preso |
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António Prestes |
Procurador [...] Ou que andava em a redouça | que por mal dos meus pecados | fosse eu duns lecenciados | in utroque em lavar louça | de braços arregaçados? | Per quam regula vos val | tomardes-me c’o meu mal. | Pajem Não se perdoam erros mores? | Procurador Senhor si, los por amores | mas vós renunciais-me tal. || Pajem Entre mais nobres se somem | culpas dum leve pecado.
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0366 - Conde Claros preso |
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António Prestes |
Custódio Como os não tenho bocejo | ando todo aquele dia | a mesma malenconia. | Duarte No era el sayo tan viejo | que inda nele saca había. | Molher Como a pobreza ataganta. | Custódio Eu a tê-los todavia | dera-os nessa moradia. | Duarte Cuando la hermosa infanta | mi ama ya lo despía.
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0431 - Flérida y don Duardos |
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António Prestes |
Filha Vá-se encostar. Desembargador Acho a cama | isca da doença, acinte. | Moço Pois mudai-vos desse vinte | a tábua é gentil cama | dum doente, mais nom pinte. | Desembargador Como estais hoje este dia | vilão vendo de despejos | a Roma como se ardía. | Moço Gritos dão niños y viejos | señor de la cena mía. |
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0397 - Mira Nero de Tarpeya |
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António Prestes |
[Desembargador] Moço. Moço Senhor. Desembargador Tão fechado | tam retraída está la infanta. | Moço Anda a porta co a garganta | tardais vós, tarda o bocado. |
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0503 - Conde Alarcos |
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António Prestes |
[Lecenciado] Assi digo eu por essoutro, tinha ele o gosto de todos pera todos serem esse? Autos de Natal, não falo nos de teatro, que esses hão de ser senado romano, mas os de Natal, em que pes’a quem os faz, hão de ser bons, hão de ter letra que esmeche, feguras que escachem, entremezes, passos novos alagados em riso, sisos por saudade, por fio de mel. Se não fazei autos a rolas veúvas que não riem nem põe pé em ramo verde, nem bebem água crara e tudo são parióme mi madre nuna noche escura. |
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0648 - La fuerza de la sangre |
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António Prestes |
Duarte Pois não digo eu matá-la | mas sobre morta chuchá-la | e não fora mau senhora | que me esmecháreis agora | c'ũa argola. Filha Irão amassá-la. || Felipa Raiva te amassaria eu | falso, malo, enganador. | Duarte Vou-me buscar meu senhor | que este dia não é meu | qual mercê tal servidor. |
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0229 - Fontefrida |
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António Prestes |
Lionarda Dai-me boa nova. Moço Sabeis | que é amor? Silvestra Quê? Moço Copido. | Lionarda. Não lhe dais outro sentido? | Moço Eu darei se outro quereis | mas há mister dez mil ovos | mil arenques e cem mil | aves fénix. Silvestra Foi sotil | nosso engano. Está dos novos. | Lionarda Por certo que está gentil. || Lemos Falso, malo, enganador | por que as enganaste?
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0229 - Fontefrida |
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António Prestes |
Meu irmão já é casado | senhora, e são despedidas | parvoíces do passado. | Manceba Casado e bem maridado. | Irmão Vós queríei-lo em três vidas. | Moço Era casal meu senhor | pois bofé que esta pousada | estava mais apoupada | co a senhora, seu amor | é amor d’arca encourada. |
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0281 - La bella malmaridada |
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António Prestes |
Doutor E qu’ é da vossa criada? | Molher É já casada. | Doutor Casada? Fernando E maridada | de las más lindas que vi. | O caseiro trouxe aqui | outra milhor assombrada | cuido que por ter bom rosto | se agasta e lhe põe grosa. | Molher Sim, porque pera meu gosto | quisera-lhe menos rosto | rosto de menos fermosa. |
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0281 - La bella malmaridada |
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António Prestes |
Ambrósio Há mal igual ao marteiro | do açougue e do terreiro | da molher feita em vontades | que forçam superfluidades | que herdem vosso dinheiro? | Tomás Vedes aí vosso engano | de los más lindos que yo vi. | Não tendes por soberano | matar-vos valenciano | chapim de Valladolid || ũa arte de rica cota | um volante, ũa marquesota? | Que no ganhar-vos amor | sejais vós o matador | e a dita senhora a sota. |
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0281 - La bella malmaridada |
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António Prestes |
Filha Deram-me um pequeno dele || caiu-me agora do peito. | João Antão O almísquer tem um jeito | como cair da jenela | dai-o logo por pez feito. | Filha Minhas perdas se vão nela. | Vão-se da janela e diz o Escudeiro: | Custódio Ah vilão que i há mais vaia | nesta mão, roubas-me aqui | se nam fora ver quem vi | as Maldições de Salaya | praguejara sobre ti. |
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N/A- Maldiciones de Salaya |
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António Prestes |
Fernando O barbeiro é já chegado. | Helo helo por do viene | de capuz encadernado. | Barbeiro Não haja darem-me olhado. | Casado Oh como vindes solene. |
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0045 - El moro que reta a Valencia |
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António Prestes |
Que prol me fezeram agora | quatro ou cinco cruzadinhos. | Molher Para quê? Custódio São bons ũ'hora | tê-los, dão gosto solene. | Molher Não nos tenho, essa lançada | força que também a pene? | Duarte Helo helo por do viene | el sayo por la calzada. |
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0045 - El moro que reta a Valencia |