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António Prestes |
[Desembargador] Moço. Moço Senhor. Desembargador Tão fechado | tam retraída está la infanta. | Moço Anda a porta co a garganta | tardais vós, tarda o bocado. |
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0503 - Conde Alarcos |
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António Prestes |
[Lecenciado] Assi digo eu por essoutro, tinha ele o gosto de todos pera todos serem esse? Autos de Natal, não falo nos de teatro, que esses hão de ser senado romano, mas os de Natal, em que pes’a quem os faz, hão de ser bons, hão de ter letra que esmeche, feguras que escachem, entremezes, passos novos alagados em riso, sisos por saudade, por fio de mel. Se não fazei autos a rolas veúvas que não riem nem põe pé em ramo verde, nem bebem água crara e tudo são parióme mi madre nuna noche escura. |
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0648 - La fuerza de la sangre |
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António Prestes |
Duarte Pois não digo eu matá-la | mas sobre morta chuchá-la | e não fora mau senhora | que me esmecháreis agora | c'ũa argola. Filha Irão amassá-la. || Felipa Raiva te amassaria eu | falso, malo, enganador. | Duarte Vou-me buscar meu senhor | que este dia não é meu | qual mercê tal servidor. |
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0229 - Fontefrida |
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António Prestes |
Lionarda Dai-me boa nova. Moço Sabeis | que é amor? Silvestra Quê? Moço Copido. | Lionarda. Não lhe dais outro sentido? | Moço Eu darei se outro quereis | mas há mister dez mil ovos | mil arenques e cem mil | aves fénix. Silvestra Foi sotil | nosso engano. Está dos novos. | Lionarda Por certo que está gentil. || Lemos Falso, malo, enganador | por que as enganaste?
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0229 - Fontefrida |
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António Prestes |
Meu irmão já é casado | senhora, e são despedidas | parvoíces do passado. | Manceba Casado e bem maridado. | Irmão Vós queríei-lo em três vidas. | Moço Era casal meu senhor | pois bofé que esta pousada | estava mais apoupada | co a senhora, seu amor | é amor d’arca encourada. |
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0281 - La bella malmaridada |
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António Prestes |
Doutor E qu’ é da vossa criada? | Molher É já casada. | Doutor Casada? Fernando E maridada | de las más lindas que vi. | O caseiro trouxe aqui | outra milhor assombrada | cuido que por ter bom rosto | se agasta e lhe põe grosa. | Molher Sim, porque pera meu gosto | quisera-lhe menos rosto | rosto de menos fermosa. |
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0281 - La bella malmaridada |
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António Prestes |
Ambrósio Há mal igual ao marteiro | do açougue e do terreiro | da molher feita em vontades | que forçam superfluidades | que herdem vosso dinheiro? | Tomás Vedes aí vosso engano | de los más lindos que yo vi. | Não tendes por soberano | matar-vos valenciano | chapim de Valladolid || ũa arte de rica cota | um volante, ũa marquesota? | Que no ganhar-vos amor | sejais vós o matador | e a dita senhora a sota. |
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0281 - La bella malmaridada |
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António Prestes |
Filha Deram-me um pequeno dele || caiu-me agora do peito. | João Antão O almísquer tem um jeito | como cair da jenela | dai-o logo por pez feito. | Filha Minhas perdas se vão nela. | Vão-se da janela e diz o Escudeiro: | Custódio Ah vilão que i há mais vaia | nesta mão, roubas-me aqui | se nam fora ver quem vi | as Maldições de Salaya | praguejara sobre ti. |
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N/A- Maldiciones de Salaya |
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António Prestes |
Fernando O barbeiro é já chegado. | Helo helo por do viene | de capuz encadernado. | Barbeiro Não haja darem-me olhado. | Casado Oh como vindes solene. |
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0045 - El moro que reta a Valencia |
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António Prestes |
Que prol me fezeram agora | quatro ou cinco cruzadinhos. | Molher Para quê? Custódio São bons ũ'hora | tê-los, dão gosto solene. | Molher Não nos tenho, essa lançada | força que também a pene? | Duarte Helo helo por do viene | el sayo por la calzada. |
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0045 - El moro que reta a Valencia |
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António Prestes |
Duarte Ora eu tenho isso por novo | vens dar recado a ti mesma. | Marquesa Que falas rosto d'estrovo? || A tua senhora, ouves agora? | Duarte Guai Valença, guai Valença | e eu tenho agora est'hora | quem seja minha senhora | mais qu'essa gentil presença? |
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0045 - El moro que reta a Valencia |
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António Prestes |
Molher Dize mal-aventurado | com quem falas? Quem está aí? | Marquesa Eu, senhora. Duarte Está aqui | quem nest’alma está d’estrado | de las más lindas que yo vi. |
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0281 - La bella malmaridada |
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António Prestes |
Volta: | O cavalo mal pensado | pela má vida que passa | julgarão a do criado | sem bolo se a ama amassa. | Y se vuestra mercé piensa | ser tal qual é seu marido | quedáos a Dios vestido | que la cena guai Valença. |
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0045 - El moro que reta a Valencia |
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António Prestes |
[Filha] Vê quem é. Felipa Ouço cavalo. | Filha Se é meu pai. Felipa Mais regalo | traz quem é. Filha Vede, fidalga. | Felipa En un caballo cabalga | segundo ouvi o abalo. |
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0040 - ¡Ay de mi Alhama! (á-a) |
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António Prestes |
Duarte Bofé senhora bem rasa | fica agora desta lima | parece casa d’esgrima. | Molher Não releva. Olha esta casa | que me torno para cima. || Vai-se a Molher e o moço diz o romance seguinte: || Duarte Sayo, se aljabebes ides | por dineros perguntade | decidle qu’el señor mi amo | os vende para jugare | decidle que era más tiempo | de otro que no de os llevare | e que queda acá la saya | muriendo con soledade | decidle que ya que os vende | que traya algo que cenare | que yo y la su esposa | le tenemos voluntade. |
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0151 - Gaiferos libera a Melisenda |
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António Prestes |
Torna-lha a mostrar. || Ah, senhor dom Marramaque. | Moço Daquel moro aseñalado. | Bom Trabalho Mas daquele amortalhado | sereis vós meu Durandarte. | Bom Cuidado Quereis lã sem trosquiado? | Esperai. Mestre Irmãos, façamos | gosto infindo | é tempo que espera indo | que ele não está como estamos | vai esperando e partindo. |
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0061 - Don Manuel y el moro Muza |
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António Prestes |
[Pai] Não quero nada, já agora | noutra noruega imos. | Criado E não quer de noras mimos | al domingo en Alora. | Pai Morreu, já esses partimos. |
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0788 - Muerte del adelantado en Álora |
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António Prestes |
[Lecenciado] Assi digo eu por essoutro, tinha ele o gosto de todos pera todos serem esse? Autos de Natal, não falo nos de teatro, que esses hão de ser senado romano, mas os de Natal, em que pes’a quem os faz, hão de ser bons, hão de ter letra que esmeche, feguras que escachem, entremezes, passos novos alagados em riso, sisos por saudade, por fio de mel. Se não fazei autos a rolas veúvas que não riem nem põe pé em ramo verde, nem bebem água crara e tudo são parióme mi madre nuna noche escura. |
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0229 - Fontefrida |
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António Ribeiro (o Chiado) |
Briatiz, moça, Briatiz. | Briatiz Senhora. | Velha Inda esse demo nam veo? | Briatiz Inda não. | Velha E como creo | qu’é ‘stada de chafariz | eu a meterei no seo | e vós bela mal maridada | de las más lindas que yo vi | saí cá fora saí | sei que sois dama ençarrada | não sei que diga por ti | tu perguiçosa | dorminhoca, mentirosa | golosa, mixiriqueira | rapariga endiçadeira | por que não és vertuosa? |
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0281 - La bella malmaridada |
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António Ribeiro (o Chiado) |
Entra o Primo com os cantores e diz: | Quem é, da parte del rei? | Escudeiro É ũa persona presa? | Primo Trazeis seda que é defesa. | Escudeiro Se a trago tê-la-ei | sabei que vivem comigo | os alcaides e meirinhos | e se bolem cruzadinhos | por aquel viejo postigo | me vão fazendo caminhos. |
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0034 - Entierro de Fernandarias |