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António Ribeiro (o Chiado) |
Moço São altos de baixos vens | d’ Aljubarrota a Safim. | Escudeiro Nunca agradeceste nada. | Moço Os muslos me dão no goto | de ũa parte os cerca roto | da outra graxa tajada. | Escudeiro. Ai de puxa que piloto | sois muito sujo bargante | e mais desavergonhado. |
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0004 - Quejas de doña Urraca |
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António Serrão de Crasto |
não bulais vós nos baús, | na canastra ia dizer, | porque o damno que tiver | me haveis de pagar de ciso: | Mira, Zaida! que te aviso, | quem te avisa bem te quer. |
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0063 - Mira, Zaide, que te aviso |
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António Serrão de Crasto |
E n'essa breve distância, | antes de o gato o sentir, | ojos que lo vieron ir | no lo veran mas en Francia; | mas nem por isso jactância | nenhum rato pode ter; | porque pode acontecer | andar, correr e saltar, | e depois de andar andar | pode à Beira vir morrer. |
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0042 - Durandarte envía su corazón a Belerma |
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António Serrão de Crasto |
E com tal gente serei | de ratos Nero cruel | que a nenhum darei quartel, | e a nenhum perdoarei; | tantos males vos farei | que se diga n'esse dia, | vendo com tal tirania | dar-vos morte triste e feia: | «Mira Nero da Tarpeia | como Roma lá se ardia!» |
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0397 - Mira Nero de Tarpeya |
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Bernardim Ribeiro |
Se não te pude falar, | se é certo que minhas dores | me não deram esse vagar, | e deves-me de perdoar | pois que foi erro de amores, | os meus amigos passados, | Ribeiro, já me hão deixado, | e por verem que meus fados | eram neste mal mudados, | de mim todos se hão mudado. |
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0366 - Conde Claros preso |
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Bernardim Ribeiro |
Senhora Arima, como pudestes acabar convosco negardes-me ver-vos eu, sendo vós a coisa do mundo que mais ver desejo? Mas se vos eu nisto ofendo, aqui me tendes: executai vossa fúria em mim, e não queirais, senhora, que num tão sem ventura se encerrem tantas mágoas secretas. Erros de amor são dignos de perdoar, e se vingança maior vos mereço, cumpri em minha vida vossa vontade, que tão oferecida está ao que dela quiserdes ordenar. |
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0366 - Conde Claros preso |
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Desconhecido |
A gente é peor em dobro, | As vergonhas são perdidas, | Falam das alheias vidas | E põem as suas em cobro; | Poucos hão medo à vergonha, | E a mui poucos se há-de ouvir: | Mais vale morrer com honra, | Que desonrado bivir. |
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0568 - Fuga del rey Marsín |
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Desconhecido |
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0366 - Conde Claros preso |
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Desconhecido |
O mor mal que cá padeço, | É ver quanto sem razão | Outros olhos lograrão | O que eu por amor mereço: | Isto tanto me entristece | Que depois que estou aqui | Plazer no sabe de mi, | Cuidado no me falece. |
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N/A- Esperança me despide |
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Desconhecido |
Pudera eu viver contente, | Como saber que estava tal | A que é causa de meu mal, | Por me não ter lá presente; | Mas por quão mal lhe merece | Meu amor tão maltratar-me | Quando más pienso alegrar-me, | Maior passion me recrece. |
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N/A- Esperança me despide |
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Desconhecido |
Da guerra novas mais certas | Brevemente são contadas, | No Verão portas fechadas, | No Inverno pouco abertas; | Qualquer Mouro desmandado | Nos comete sem n'hum pejo, | E aquele postigo vejo | Que sempre esteve fechado. |
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0034 - Entierro de Fernandarias |
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Desconhecido |
Isto não é praguejar, | Mas toda a culpa é da fome, | Porque gente que não come | Mal poderá pelejar; | Assim estão muitos no dia | Com os olhos na tramontana, | Mirando la mar d'Espanha | Como mengoava e crecia. |
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0270 - Quejas de Alfonso V ante Nápoles |
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Desconhecido |
Tudo são queixas em vão, | E tudo são vãos clamores, | Capitão dos moradores, | Eles contra o Capitão; | Enfim tal vai tudo aqui | Que brada grande e pequeno: | Tiempo bueno, tiempo bueno | Quien se te llevó daqui. |
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N/A- Tiempo bueno, tiempo bueno |
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Diogo do Couto |
Com esta resolução se meteu o capitão mor em ũa galveta, e foi correndo a armada a dar-lhe aviso do que haviam de fazer. E prepassando pela galeota de dom Jorge de Meneses, chamando por ele, lhe disse aquelas palavras do romance velho: «Vamo-nos disso, mi tio, a Paris essa ciudade». Dando-lhe a entender, que estava assentado passar avante pera a fortaleza. E dom Jorge de Meneses lhe respondeo muito apressado, com o mesmo romance: «No en trajes de Romeros, porque no os conosca Galvan.» |
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0087 - Gaiferos y Galván |
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Diogo do Couto |
E contava António Pereira Brandão, que o mesmo dom Duarte D'Eça, lhe mandara rogar que aceitasse a capitania; do que depois de magoado lhe contra fez aquele romance velho, de Durandarte em dom Duarte, mal cavalhero provado. |
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0604 - Quejas de la amada de Durandarte |
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Diogo do Couto |
Feito isto partiu-se o Vizo-Rei para Barcelor, chegando a sua barra, cometeu logo a entrada com todos os navios de remo, indo ele diante de todos na sua manchua sentado em uma cadeira de brocado armado de plumas, e perto dele o Veiga tangendo em uma harpa, e cantando aquele romance velho que diz? Entran los Moros en Tróia; três e três; e quatro a quatro. E chegando perto da fortaleza, começaram vir zunindo por cima das embarcações algumas bombardadas, a que o Veiga que ia cantando se embaraçou, e o Vizo-Rei muito seguro lhe disse, «Ó, ide por diante não vos estrove nada» |
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N/A- En Troya entran los griegos |
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Diogo do Couto |
E tornando a continuar com o Vizo-Rei, todo este Inverno gastou em acabar ũa nau que fez defronte dos seus paços, pera se ir nela pera o reino por esperar em Setembro por sucessor, a que pôs nome a chagas pela devação que tinha às de Cristo, que foi a cousa que assi na Índia, como em Portugal lhe remorderão mais que todas. E tanto, que lhe contrafizeram aquele romance velho que diz: «Mira Nero de Tarpeia a Roma como se ardia, em Mira Nero da janela la nave como se hacía.» |
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0397 - Mira Nero de Tarpeya |
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Duarte de Brito |
¶ E assi seraa meu mal | deste bem galardoado | e aqui seraa acabado | meu tormento desigual. | E aqui donde partir, | partindo com gram pesar, | olhos que me viram ir | nunca me veram tornar. |
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0042 - Durandarte envía su corazón a Belerma |
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Fernão Rodrigues Lobo Soropita |
Afuera, afuera, pensamentos mios! | Começo logo entrar por castilhano, | A ver se o canivete tem bons fios. |
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0021 - Afuera, afuera Rodrigo |
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Francisco Manuel de Melo |
é como em cás de enforcado | falar-lhe em baraço nu; | que, inda que seja entre amigos, | é falar muito furtum! || Se há dez anos que amarrado, | qual forçado de Dragut, | ando a torres, como a cepos | os bugios de Tolu, || que quereis vós que lhe diga | a este castelo marfuz, | senão que em cair fez mal, | se caiu sem dizer bum? |
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1934 - Amarrado al duro banco |