Sem dados. Por favor selecione parametros de busca.
|
|
|
Jorge Pinto |
Amo Levai-me a ver vossos danos. | Hóspede Visse eu isso em alguns anos. | Rodrigo Cantarei se nisso estriba | Riberas de Duero arriba | cabalgan los zamoranos. | Hóspede Tem ditos mui excelentes | Rodrigo. | Rodrigo Tiro por ambos | por ter em que ocupe os dentes | e según dicen las gentes | la miseria son entrambos. | Hóspede Não sou miséria, vilão | pois que tenho o coração | posto em minha amada Edra. |
|
0318 - Riberas de Duero arriba |
|
|
Jorge Pinto |
Pai Nam vos encubrais pois sei | quem sois muito em certeza. | Castelhano Fazer-me trabalhador | quero só em prova dar | de minha fé e mais senhor | já sabe erros d’amor | são dinos de perdoar. | E porque também conheço | a verdade de quem é | senhor com amor lhe peço | sua filha se a mereço | e se não que ma nam dê.
|
|
0366 - Conde Claros preso |
|
|
Jorge Pinto |
Inês Donde nace o querer bem? | Mendo Nace de pura afeição. | Inês Quem vos disse isso? Mendo Ninguém | porque os olhos do que vem | dão rebate no coração. | Inês Por certo que por sabido | mereceis favorecido. | Mendo O favor de vós espero. | Inês Nunca fuera caballero | de damas tam bem servido. | Mendo Isso é dobrar-me a ferida. | Inês Eu estou por vós perdida. | Mendo E eu se vos tenho ausente | ando perdido antre a gente | nem mouro nem tenho vida.
|
|
0530 - Lanzarote y el orgulloso |
|
|
Jorge Pinto |
Filha Virá boa. Mestre Vem nacendo. | Pai É milagre. Mestre Estar-se-á rindo | das mais que forem mais graves. | Filha Eu quero-a muito louçã | com ervas, cheiros suaves. | Mestre Far-lhe-ei que venham aves | cantar nela antemenhã. | Pai Se assi for será gentil | que o cantar ninguém no enjeita. | Mestre Pois cantar-lhe-ão a las mil | en el mes era de Abril | de Mayo antes de feita. |
|
0431 - Flérida y don Duardos |
|
|
Jorge Pinto |
Mestre Palra como um papagaio | porém é bom servidor. | Pai Acabai, Mestre, chamai-o. | Mestre Ah castelhano. Castelhano Señor. | Mestre Andai cá e o mais deixai-o. | Castelhano Señor, qué manda de mí? | Vem o Castelhano. | Mestre Chegai ao senhor ali. | Pai Filha, é muito bem desposto. | Filha É, por certo. Mestre E do rosto | de los más lindos que yo vi | pois não lhe cai bem na trilha. |
|
0281 - La bella malmaridada |
|
|
Jorge Pinto |
Rodrigo Não termos nada foi dita | que tal. [|] Amo Mandar-lh'-ei pôr mesa | como que é pera jantar | dirás que me vem buscar | que releva. [|] Rodrigo Está Veneza. | De quem zomba é o zombar | nunca quando vem traz nada. | Amo Vem só pejar a pousada. | Rodrigo Senhor, o jantar se ordene | que helo, helo por do viene | el moro por la calzada. |
|
0045 - El moro que reta a Valencia |
|
|
Jorge da Silveira |
¶ Por vós fezistes lembrar | a gentil mal maridada, | por vós havereis cantar, | e vós deveis de chorar | tal errada. | Sem ventura soes nacida | e eu por vos conhecer, | triste ee ja nossa vida, | e seja jaa, pois perdida | quereis ser. |
|
0281 - La bella malmaridada |
|
|
Luís de Camões |
Achareis rafeiro velho, | que se quer vender por galgo: | diz que o dinheiro é fidalgo, | que o sangue todo é vermelho. | S’ ele mais alto o dissera, | este pelote pusera; | que o seu eco lhe responda, | que su padre era de Ronda, | y su madre de Antequera | e «Quer cobrir o céu c’ ũa joeira». |
|
0443 - Cautivo del renegado |
|
|
Luís de Camões |
Da terra vos sei dizer que é mãe de vilões ruins e madrasta de homens honrados. Porque os que se cá lançam a buscar dinheiro, sempre se sustentam sobre a água como bexigas; mas os que sua opinião deita a las armas, Mouriscote, como maré corpos mortos à praia, sabei que, antes que amadureçam, se secam. |
|
0060 - A las armas, Moriscote |
|
|
Luís de Camões |
Deixai a um que se abone, | diz logo de muito sengo: | villas e castillos tengo, | todos á mi mandar sone. | Então eu, que estou de molho, | com a lágrima no olho, | pelo virar do envés, | digo-lhe: tu insanus es, | e por isso não to tolho: | pois «Honra e proveito não cabem num saco». |
|
0123 - El conde Fernán González llamado a Cortes |
|
|
Luís de Camões |
Informado disto, veio a esta terra João Toscano, que, como se achava em algum magusto de rufiões, verdadeiramente que ali era su comer las carnes crudas, su beber la viva sangre. |
|
0151 - Gaiferos libera a Melisenda |
|
|
Luís de Camões |
Afuera, afuera, Rodrigo, que eu, se muito for por este caminho, darei em enfadonho. Inda que me pareça já me não livrará privilégio de cidadão do Porto. |
|
0021 - Afuera, afuera Rodrigo |
|
|
Luís de Camões |
Já estes que tomavam esta opinião de valentes às costas, crede que nunca ¶ Riberas del Duero arriba | Cabalgaron Zamoranos | Que roncas de tal soberbia | Entre sí fuesen hablando; ¶ e quando vêm ao efeito da obra, salvam-se com dizer que se não podem fazer tamanhas duas cousas como é prometer e dar. |
|
0318 - Riberas de Duero arriba |
|
|
Luís de Camões |
Outros em cada teatro | por ofício lhe ouvireis | que se matarán con tres | y lo mismo harán con cuatro. | Prezam-se de dar repostas | com palavras bem compostas; | mas, se lhe meteis a mão, | na paz mostram coração, | na guerra mostram as costas: | porque «Aqui torce a porca o rabo». |
|
0318 - Riberas de Duero arriba |
|
|
Luís de Camões |
Sancho Yo por cierto no lo entiendo. | Pero una melecina | le he de pedir Dios queriendo | porque ando atribulado | y no sé parte de mí | con este nuevo cuidado | para un sayo esfarrapado | que me dicen hay allí. | Físico Ora ensilla y nunca viva | pues sufro tus desatinos. | Sancho Señor, pasión no reciba | Ya cabalga Calaynos | a la sombra de una oliva. |
|
0609 - Calaínos y Sevilla |
|
|
Luís de Camões |
Entra o Moço embrulhado em ũa manta, e diz: | Que buenos días hayáis. | Físico Di, cómo vienes así | con la manta y para qué? | Sancho Yo, señor, se lo diré: | por venir presto vestí | lo que más presto hallé | porque viendo que él me llama | dormiendo yo sin afán | salté presto de la cama | que parezco un gavilán | hermoso como una dama. |
|
0366 - Conde Claros preso |
|
|
Luís de Camões |
Moço Oulá, senhores. Pedem as figuras alfinetes para toucarem um escudeiro. Ora sus, há i quem dê mais? Que ainda vos veja todas a mim às rebatinhas. Ora sus, venham de mano em mano, ou de mana em mana. | Escudeiro Moço, fala bem ensinado. | Moço Senhor, não faz ao caso, que os erros por amores tem privilégio de moedeiro.
|
|
0366 - Conde Claros preso |
|
|
Luís de Camões |
Brómia Deixai-me. [|] Feliseu Zombais de mi? | Brómia Deixai-me. Pois me enjeitais | eu me ausentarei daqui | onde me mais não vejais. | Feliseu Boa está a zombaria. | Brómia Não são essas minhas manhas. | Feliseu Porém is-vos todavia? | Brómia Voyme a tierras extrañas | adó ventura me guía.
|
|
0431 - Flérida y don Duardos |
|
|
Luís de Camões |
Sósia Ah, señor Anfatrión | por qué matándome está | sin delito y sin razón? | Anfatrião Agora que vos eu dou | me chamais Anfatrião | e pera me abrirdes não? | Belferrão Este moço em que pecou? | Por que pena sem rezão? | Nô mais, por amor de mi. | Anfatrião Não, que nam sou seu senhor | eu sou um encantador. | Não no dizeis vós assi | ladrão, perro, enganador?
|
|
0229 - Fontefrida |
|
|
Luís de Camões |
Parece-me que já terei merecido os mil bens, e porém, não quero que me digais que vos não meço sobre o funil; tomai mais esta minha algozaria: a terceira ninfa, Antônia Brás, foi levada à Galera Nueva, aonde foram atados seus cabelos de ouro ao pé do mastro, ¶ Aonde, com triste som, | Lhe cantaram a mangana; | E, com esta dor profana, | Gritos daba de pasión | Aquella Reina troyana. |
|
2925 - Lamento de la reina troyana |